Seu inicio na musica
foi curioso começou na bateria, passou
pelo violoncelo e so depois de anos conheceu a guitarra. Porquê ? Ela não havia chamado a sua atenção no início?
Sou filho de pastor e cresci vendo
música tocando na igreja. Desde criança,
gostava de ficar nos cultos ao lado da
bateria , que era o instrumento que mais me chamava a atenção. As vezes, até
ficar imitando alguns movimentos com as mãos e com os pés , daí veio a paixão
pelas baquetas. Naturalmente, comecei a tocar sem muito compromisso, sem
estudar muito, era uma coisa mais de alma (risos). Creio que a guitarra não me
chamou a atenção na época porque os guitarristas que eu conhecia tocavam a
guitarra mais como um violão, não usavam muitos efeitos e raramente faziam
algum solo. Eu achava muito comum.
Você conheceu as
seis cordas aos vinte aos 20 anos. Considera Tarde? Quais obstáculos você teve
de vencer por conta disso?
Acho que começei um pouco tarde comparando com a
maioria. Hoje vemos crianças que mal sabem ler e já estão estudando música.
Depois de alguns meses que ganhei meu primeiro violão e resolvi começar a
aprender, percebi que queria fazer isso por toda minha vida. Não sabia se iria
viver de musica, mas que eu estava disposto a me dedicar muito, isso estava.
Entendo então que nunca é tarde. O que faz a diferença é o quanto você esta
disposto a pagar o preço pelo seu sonho, abrindo mão de muitas coisas pelo
objetivo principal. A maior dificuldade era conseguir informação, métodos ou
materias para estudo, pois na minha cidade não havia professores de guitarra, e
a internet não era tão difundida quanto hoje.
Você foi autodidata?
Considero-me
autodidata. Estudava com alguns amigos que tinham o mesmo interesse. A gente se
encontrava regularmante para tocar, trocar informações, ouvir e tirar musicas.
Montei uma pasta com cópias de coluna de algumas revistas especializadas, era
uma das minhas principais fontes,. Depois comprei alguns métodos como o Harmônia e Improvisação I e II e o Dicionário de Acordes do Almir Chedia, o livro do músico do antonio adolfo, e A Arte Da Improvisação do Nelson Farias, que
me ajudaram muito na minha formação musical. Um tempo depois, tive a
oportunidade de ir a São paulo fazer aulas com o mestre mozart Mello e adquirir
seu material de estudo, mas eu não podia ir regularmente, pois era muito longe,
já que eu morava em rondônia, Na época, adquiri também métodos do meu amigo Joe
Moghrabi que me ajudaram muito.
As mudanças de
cidade por conta do emprego do seu pai ajudaram ou atrapalharam o seu
aprendizado.
Hoje vejo que me
ajudaram muito, pois na cidade em que moramos não havia muita oportunidade de
emprego, No meusegundo ano de música (em vilhena, Rondônia), pude ficar
praticamente em tempo integral me dedicando aos
estudos. Outro ponto positivo e fundamental disso tudo foi o total apoio
que tive dos meus pais. Isso fez toda a diferença.
Em que momento sua
relação com a musica começou a ficar profissional?
Eu morava em vilhena e
mais uma vez meu pai precisava mudar de cidade, foi justamente durante os dias
que começei a ajudar um colega em uma escolinha de musica que ele havia
montado. Então falei com meus país e resolvi dar um passo adiante e ficar na
cidade, primeiro morando de favor na casa de uma família de amigos e , um tempo
depois, alugando um local onde eu morava e dava aulas de violão e guitarra para
iniciantes. Ali a música profissional começou a virar realidade na minha vida.
Ingressar na banda
nova dimensão e mudar de cidade para se juntar a eles foi um desafio na época?
Foi a grande
oportunidade que eu esperava, pois já passava pela minha cabeça ir a um grande
centro onde houvesse mais oportunidades. Quando recebi o convite para ir em
belo horizonte tocar com o nova dimensão, parecia um sonho, e eu, claro,
aceitei na hora (risos). Vendi tudo que tinha e, três meses depois, já estava
morando em Belo Horizonte. No começo, o maior desafio foi que eu não tinha
experiência nenhuma com banda, não sabia timbrar direito o instrumento – até o
lance de educação musical (saber que ás vezes menos é mais) a presença de palco
tive que aprender na marra, na prática mesmo.
Parte de sua
formação musical se deu dentro das igrejas. Que tipo de aprendizado e
experiências diferentes esse ambiente proporciona?
Umas das coisas que me
ajudou principalmente na musicalidade e no quesito tocar em grupo, foi
justamente no começo quando estava aprendendo os primeiros acordes e já tive a
oportunidade de tocar com todo tipo de músico, de iniciantes a avançados, que
sempre estavam dispostos a ajudar. Lembro que eu passava alguns apertos quando
ia acompanhar alguém com o violão e o vocal puxava a musica em tons que eu não
estava acostumado a tocar. Na época, eu ficava bravo, mas isso me ajudou muito
a conhecer os campos harmônicos em qualquer tom e principalmente desenvolver o
ouvido.
Dividir o palco com
Paul Gilbert foi um Marco em sua Vida?
Aconteceu em um momento de afirmação da minha carreira,
por isso a importância. Foi uma experiência sensacional, Paul Gilbert foi um
dos primeiros guitarristas que eu ouvi. Pude Perceber quantas possibilidades a
guitarra tinha, e , em seguida, ele se tornou uma grande influência para mim.
Depois de dividir o palco Com esse guitarrista fantástico, fiquei mais
impressionado ainda com tamanha simplicidade e humildade. Além de um grande
musico, o cara é um ser humano de primeira!
Foi tocando com o
cantor cristão david Quinlan (Ministério paixão fogo e Glória) que você
conseguiu uma exposição nacional?
Antes de eu entrar pra
banda, eu já estava fazendo alguns trabalhos em Belo Horizonte e em outras cidades
com o cantor Thalles Roberto, com a banda de rock chamada tribo e com o trio Fusão do Tempo, realizando
também workshops por meio de algumas parcerias que já tinha. O trabalho com
Davi Quinlan com David contribuiu muito para uma exposição nacional. Gravamos
varios Cd’s e DVD’s, e viajamos tocando
pelo brasil e exterior durante anos. Foram incontáveis experiências, momentos
que vamos guardar para o resto de nossas vidas. Foi importante estar nessa fase
de trabalho do David pois sei que participei
De algo verdadeiro.
Pude contribuir fazendo sempre o meu melhor, e a exposição que deu ao meu
trabalho é um dos frutos de quando se faz algo com o coração, não
simplismente querendo alguma coisas em
troca.
Ouvindo suas própias
musicas, você consegue destacar as suas influências? Quais são e em que
momentos se revelam?
Na época da gravação,
fiquei um tempo praticamente sem ouvir nada de música, justamente para os temas
e solos não ficarem parecidos com nada que eu estava curtindo no momento, o que
é uma tendência natural. Determinadas influências fiz a questão de mostrar,
como na musica “Pop Johnson” que foi uma
homenagem ao guitarrista “Eric Johnson”. Na musica “Reflexos” , uso alguns
arpejos com salto no estilo do guitarrista Paul Gilbert. Talvez existam outros
momentos. Como Desde o começo dos anos 2000 tenho bucado um som próprio, uma
identidade, creio que elas não estão tão explícitas. Influência não é copiar e
sair tocando, mas, sim ,aprender formas diferentes de tocar e trazer aquilo
para o seu universo musical, para a sua pegada.
Ao navegar em seu
site, é possível notar a preucupação de apresentar conteudo didático além de
informações sobre a sua carreira...
Como começei
profissionalmente a musica dando aulas e me dedicando ao ensino da guitarra,
sempre tive a preucupação de adquirir conhecimentos e melhorar minha didática
para poder dividir isso com os alunos e amantes desse instrumento. Apartir daí,
coloquei no site colunas, transcrições e vídeos ensinando, para que todos,
independentemente de condição financeira, tenham acesso ás informações.
Seu disco Energy,
lançado em 2006, reúne músicas compostas em várias opartes de sua carreira?
Analisando hoje, você considera que ele representa sua maturidade atual ou você
esta mais evoluído?
As musicas do energy
foram compstas em momentos distintos da minha carreira, Um exemplo é faixa
“Speed Guitar” , um dos primeiros temas que compus. Um detahe importante do Cd
é que todos os solos das músicas, com exceção da “Emotion” , foram improvisados
em estúdio. Não queria que soasse mecânico, mas captar realmente o que eu
estava sentindo naquele momento. Foi bem especial gravar nesse formato. Claro
que, por ter improvisado os solos, tive um trabalhão para tirar um por um para
os lançamentos e eventos em que toco até hoje (risos)
Com certeza, hoje
estou em outro nível da minha carreira, bem mais maduro musicalmente. Os anos
de experiências me fizeram crescer e mudar alguns dos meus conceitos me levando
a alguns degraus acima, mas espero continuar evoluindo!
Há previsão para um
novo disco Instrumental?
Já tenho composições
para um disco inteiro, mas ainda estou esperando o momento certo, Nossa vida é
bem corrida, muitos compromissos, mas espero começar começar as gravações em
breve. Vamos ver se consigo fazer ainda este ano,
Na sua forma de
tocar, chamam a atenção as técnicas de vibrato nos bends, as frases rápidas e
abafadas e o timbre redondo e “cantante”. Você concorda? São aspectos como
esses que formam a identidade de um guitarrista?
Concordo, sempre busquei tocar limpo e com pegada, e
gosto de frases rápidas e melodias marcantes . Acredito que Bends e Vibratos
são as principais técnicas de expressão na guitarra. Isso, unido a uma forma
própria de executar as frases e escalas, é a base para buscar uma identidade
própria. O segredo é tocar e tocar, tirar um tempo diário para improvisar sobre
backing tracks de estilos variados, isso vai lapidando sua forma de tocar
Fale sobre a banda
Freedom. É um som cristão bastante pesado... esse tipo de música tem
conquistado muito público, correto?
A freedom é uma banda
de rock cristão com objetivo de pregar uma mensagem verdadeira de amor, paz e
liberdade, coisas que não se encontram no dinheiro e vícios, por exemplo. Vemos
pessoas aprimidas, infelizes e sem nenhuma expectativa de futuro, isso sempre
nos incomodou, então resolvemos começar esse projeto chamado Freedom, eo que
nós fazemos é transmitir essa mensagem para as pessoas por meio de nossas
músicas e de nossa vida. Esse tipo de música tem conquistado muito publico
porque é um estilo jovem, alegre, com letras verdadeiras e com fundamento.
Creio que seja essa a razão
Você esta realizado
com esse projeto? É muito diferente atuar em uma banda e em um ministério?
É até dificil falar de realização
porque, com relação a carreira, nunca imaginei chegar nem perto de aonde
cheguei com a graça de Deus. A banda Freedom ainda esta no começo dos
trabalhos, é algo que amo muito fazer, espero continuar fazendo e vendo os
frutos. Posso dizer que estou constantemente me realizando a um passo de cada é
bom deixar claro que existem inumeros tipos de ministérios, e este que vou
falar a seguir é de louvor e adoração. A atuação é um pouco diferente. O
ministério (grupo de louvor) é um trabalho voltado para o louvor nas igrejas –
e claro que nada impede de tocar fora -, mas o publico- alvo são pessoas
cristãs. A banda, no nosso caso (mesmo tambem tocando em igrejas) , tem como público-alvo pessoas que necessitam
de uma real transformação de vida. Até pelo nosso visual, temos condições de
estar em lugares que os tradicionais ou engravatados não poderiam.
O importante é saber da sua missão e buscar
fazer sempre o seu melhor.
O seu Site detalha
bem o seu equipamento, especialmente os pedalboards. Você costuma usar os
drives dos pedais “em cima” do som limpo do amplificador? É mais prático para a estrada?
Sim, uso dessa forma:
os pedais de drive plugados diretamente no amplificador, é a forma mais prática
para a “correria”. ´claro que é importante ter um amplificador com o clean
muito bom para se ter o resultado desejado. À Vezes, tambem uso alguns efeitos
no loop do amplificador, funcionam muito bem principalmente se usar os drives
dele.
Faço questão de levar
meu MHA 2000 da meteoro para os palcos, dessa forma consigo tirar sempre o mesmo
som em todos lugares. Claro que, ás vezes, fica difícil levar, mas são “ossos
do ofícil”. Já fui obrigado a tocar com cada amplificador e cada tipo de som só rindo para não chorar,
mas essa situação já melhorou muito, pois as empresas de som no brasil estão se Preocupam mais com a
qualidade.
E nas gravações ? como prefere obter os timbres?
Para gravações o sistema é bem simples; uso caixas 4x12 com
o mixcrofone Shure SM57 na boxca do alto falante, um condenser para ambiência
(reverb natural) e um xcanal dse linha para algumas Frequências. Dependendo do
tipo de som que quero tirar, uso os drives e efeitos dos pedais. Gosto de usar
também os drives dos amplificadores, são bem consistentes e muito bons para
timbrar.
O que acha do mesa boogie V-Twin? A fama dele realmente faz jus
ao timbre ?
Foi um dos meus primeiros pedais,
e posso dizer que é excelente, tem um som equilibrado, fácil de timbrar e
versátil por contar com três canais: clean, drive e solo você pode usar como
preamp para empurrar seu som ou como
pedal de efeito. É um bom equipamento para tocar ao vivo quanto em estúdio.
Quais são suas Guitarras Principais? Que caracteristicas elas
tem que ter pra você se sentir a vontade?
Minha Primeira Guitarra foi uma
strato, então me apaixonei de cara por esse modelo. Também tenho algumas Teles.
Hoje a principal é uma guitarra que a tagima brasil desenvolveu para mim,
aindsa estamos mexendo para ficar a mais perfeita possível. Este é um começo de
uma parceria e cremos que dará muitos frutos. Para eu ficar confortável com uma
guitarra ela tem de ser escalopada e ter
um braço de 22 casas , trastes jumbos, floyd rose humbuckers com pusb-pull. O
braço não pode ser muito Fino, pois prefiro sentir a madeira. Gosto do estilo
de braço das Stratocasters sdos anos 1970.
Como você enxerga o atual cenario dso rock Nacional?
O rock não é modismo, mas, sim,
uma cultura. Quem curte esse tipo dse som curte para a vida toda, pois é
contagiante, vibrante, e existem estilos para todos os gostos dentre do gênero
Rock. Por isso, acho que o cenario do rock no brasil xcontinua crescendo com
uma consistência, mesmo que seja a passoas menores e não estando na mídia em
evidência. Tem um público fiél que frequenta os shows, xcompram CD’s e tal. As
gravadoras não querem criar uma cultura, mas vender e vender, talvez esse seja
o grandse vilão desse cenário.
Com certeza é promissora. Nunxca
se viu tantas pessoas querendo desenvolver, estusdar mais ou mesmo aprender a
tocar como tem acontecido nos ultimos anos. Isso é ótimo.
Com o crescimento do produto
nacional, as empresas estão ampliandso sua visão e se abrindo mais, dando oportunidades a
novos talentos no instrumento. Isso é importante que aconteça para popularizar
e elevar o nível das músixca em nosso país. Com o surjimento de projetos como o
concurso cultural Double Vision, podemos
notar a quantidade de guitarristas talentosos que existe no Brasil e que,
muitas vezes, estão esconsdidos em suas cidades. Posso destacar o o vencedor
desse conxcurso o guitarrista Matheus Nogueira, Grande Talento.
Como professor quais os principais erros cometidos Pelos
Guitarristas iniciantes que você poderia apontar?
Depois de mais de 10 anos dando
aulas, já passei por inúmeras experiênxcias e posso dizer que um dos principais
erros do iniciante é querer aprender a
fazer o solo sem conhecer nada de harmônia.
Deveria ser ao contrário, primeiro
estudsar harmônia e intervalos; depois; as escalas e os solos. Outro erro
primário é o guitarrista querer tocar rápido sem os princípios básicos do passo
a passo, da disciplina. A velocidade nunca pode ser o objetivo principal, mas,
sim, a consequência. É muito mais difícil corrigir o que estudou errado do que
aprender do zero , por isso, deixe o ego de lado e procure um bom professor ele
vai encurtar as distâncias, pois a maior riqueza que podemos ter é o conhecimento.
O que tem em mente para 2012
Algumas novidades. Uma delas é o
meu novo site, que vai entrar no ar neste começo de 2012. Este é um ano de novas
conquistas, então quero colocar alguns novos projetos em prática, como o
trabalho instrumental com meu amigo Sidney Carvalho, e também quero começar a
gravar meu novo disco-Solo. Vou continuar fazendo os trabalhos com a banda
freedom e também com essa tour sde Workshops que faço tosdos os anos pelo
brasil. Tenho outros projetos em off que vou anunciar no decorrer deste ano.
Sinta-se a vontade para as últimas palavras
Quero deixar uma mensagem aos
músicos que tem o sonho de viver de musica e ter uma carreira bem sucedida:
isso começa dento de nós e é o que vai diferenciar você de outros músicos. O
nome disso é “paixão”, ou seja, o quanto você deseja, pois quando temos essa
paixão, abrimos mão de coisas que não nos levam a nada, que só jogam nosso
tempo fora e que muitas vezes tiram de nós os conceitos da verdade – em casos
extremos, tiram até a nossa honra. Queremos estar perto de pessoas de caráter,
que acrescentam a nossa vida, para elevar o nível e sermos seres humanos
melhores antes de sermos músicos de sucesso Deus abençoe a Todos!
Nenhum comentário:
Postar um comentário